domingo, 11 de junho de 2006

Distribuição de renda

Depois ainda me perguntam porque eu gosto de ler os textos do Diogo Mainardi...
Os últimos meses foram de matar, de matar mesmo!
Continuamos a ser recordistas em mortes por bala no mundo, e olhe que na china a fila para o paredão é grande. No mundo árabe a coisa também é feia como um sapo atropelado, mas o país do verde e amarelo mata mais do que Sadan Hussein no poder.

Não vou culpar Lula por uma sequencia de governos palermos, e que só se preocuparam com reeleições e sucesso pessoal. Mas posso acusa-lo de seguir o mesmo trajeto dos antecessores.

Governos passados também passaram por escândalos e situações onde a culpa era clara, mas como nos dias atuais, tudo termina em pizza.

Vejo o Brasil como uma grande panela de pressão esquecida na chama ardente do fogão...
Ela pode até aguentar, mas uma hora irá explodir.

Essa semana estava comentando com algumas pessoas sobre minha preocupação com essa revolta social, que não parece latente, mas que surge em reflexos diferentes de protestos ou vozes bradando mudanças... O que vemos como espelho dessa falta de divisão da riqueza nacional é o aumento da violência. Foi ai que escutei uma história que traduziu tudo que eu queria expor:

Foi feito um teste em laboratório com 2 casais de cobaias. Elas eram alimentadas com uma porção de ração limitada. Assim, durante um tempo os 2 casais de ratos viviam em paz.
Em certo momento os casais reproduziram, e mesmo assim a comida ainda era suficiente. Os filhotes cresceram e a comida continuava a mesma, ai os problemas começaram. Os animais enlouqueceram, as fêmeas começaram a comer seus filhotes, a paz acabou e as brigas terminavam em morte. Esse é o melhor paralelo que já ouvi sobre distribuição de renda.

Dizem que somos um país pacifico e de povo acolhedor, acho que somos um povo que carrega um DNA sujo, e mesmo com 500 anos de história, parece que os cromossomos dos indigentes e bandidos que foram enviados de Portugal para colonizar a terra descoberta por Cabral ainda permanecem latentes nas nossas veias.

Povo subalterno e alienado, somos uma grande massa de inertes. Mas as cobaias estão ao nosso redor, nas favelas, e a comida não é farta, mas como esse povo menos afortunado não são ratos, querem mais que um prato de comida, querem dignidade. E dignidade é algo que no país da impunidade não existe.


Para quem domina um pouco de inglês:

Rio slums blighted by gun crime
"My vision of life is we are not living, just surviving" - Maria

Escola no fogo cruzado

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