sexta-feira, 6 de junho de 2008

The Girl Effect

#Obs: Pode ler o texto abaixo, fique tranquilo,
"The Girl Effect" não é uma nova banda Emo.


Sopros de esperança.


Sim, ainda existem pessoas lutando por algo mais sensato que a regra do crescer sem parar.
E fico super feliz quando me deparo com algo tão simples que nem sequer passa na cabeça atarefada do dia a dia. Simples como a proposta do The Girl Effect, um movimento organizado por algumas instituições que possuem o principal, dinheiro.

Hoje, todos sabemos que boa parte dessas instituições sem fins lucrativos ou ONG’s (Organizações Não Governamentais), são pura fachada, e visam principalmente lavar dinheiro ou burlar impostos de grandes corporações.

No Brasil até grupos de Axé possuem empresas desse tipo, e funciona muito bem para enganar o leão da receita.

Todavia, eu tenho uma crença que todo ser que se acha “esperto” termina alimentando sua própria destruição ou criando caminhos para os oprimidos galgarem um lugar melhor.
Isso acontece no Iraque, que hoje está sob domínio dos EUA, que alegam piedade do povo iraquiano e segurança dos seus compatriotas, no fundo todos sabem que a guerra é por petróleo. Porém, eles livraram um povo sofrido de um regime tirano e sanguinário, que sem eles por lá, pode voltar a qualquer momento só mudando o nome de quem sentará no trono.



Voltando ao The Girl Effect

Esse movimento organizado me deu uma luz incrível sobre meus pensamentos.
Sempre falo que vivemos em um mundo em conflito, onde homens e mulheres se perderam, e procuram por um rumo e não encontram nada pela frente, a não ser uma loja do Wal-Mart ou um drive-thru do Mac Donalds. Eis que o grande duelo que vem se travando desde os anos 1960 entre homens e mulheres gerou situações estranhas para nos humanos.

A instituição “família” que nunca foi algo lá muito organizado e bonito como nos filmes, era (e acredito ainda ser) a base da nossa sociedade. Com a liberdade sexual as mulheres poderam escolher seus caminhos, ter ou não filhos, casar ou não. E a partir daí o mundo passou a sofrer conflitos de base. Se você discorda da minha opinião investigue as mortes por suicídio de figuras famosas. Um percentual elevado deles se tornam perturbados pelo simples fato de não saber quem é o pai ou mãe.

De um outro lado da moeda, estão as mulheres do mundo não ocidental, que passam a vida sofrendo humilhações, quando não são açoitadas ou mutiladas para perder o apetite sexual.
Pelo que entendi, o The Girl Effect quer agir exatamente nessa camada de mulheres que estão tão distantes da realidade ocidental, e visa levar escola a meninas e cuidar principalmente das atingidas pelo HIV. Não só meninas, mas principalmente elas, já que elas irão gerar o futuro.



Como eu nunca pensei nisso?

Devo ser um grande idiota... Tava bem ali na minha frente... E nunca vi por esse ângulo.
As mulheres irão dominar o mundo em menos de 3 gerações (90 anos), e ninguém parou para pensar na importância desse ser tão complexo (quer dizer, ninguém teve coragem... Se teve hoje está trancafiado em algum manicômio).

Eu não fiquei vislumbrado com o fato de meninas sofridas da África conseguirem ter uma vida melhor e com seu órgão sexual no lugar, eu fiquei foi de cabelo em pé em descobrir o centro do universo.

Só quem pode fazer o mundo um lugar melhor são as mulheres.
Um homem não pode conceber um filho, mesmo com toda a ciência moderna. Mas uma mulher só precisa de uma fração mínima de esperma para gerar uma vida, e isso ela pode até comprar em clinicas especializadas.



Certo, o mundo depende das mulheres, e agora?

Entrei em parafuso.
Só os grandes sábios poderiam explicar a violência que existe dentro de uma mulher.
As mulheres são ardilosas, estrategistas de guerra natas.
Não, uma mulher não morre de tesão por armas e gerencia de soldados no front de batalha, mas elas adoram o poder, até mais que os homens, e é isso que me assusta.
Já imaginou quando todas as mulheres não ocidentais tiverem a mesma liberdade das ocidentais?

Isso dá um debate incrível no Café Filosófico, acho que seria a primeira vez que copos seriam arremessados nos debatedores.

Bem, prefiro confiar nas ações humanitárias, e estou torcendo para o The Girl Effect, apesar de um dos patrocinadores ser a Nike, dar certo e ajudar o maior numero possível de meninas.

E vocês mulheres, pensem na responsabilidade. O poder teórico exposto por Freud dado ao pênis não passa de uma farsa. Poder mesmo tem uma vagina, como diria a filosofa Sharon Stone.
E aqui pra nós, Freud era uma bonecona louca com essa historia de “the unconscious desires for the phallus”, ui!.

Descobri o The Girl Effect graças a esse maravilhoso vídeo:

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Obrigado pelo elogio do meu layout!
=D
Cara, eu faço uns textos beem grandes, só olhar no historico, é que as vezes da uma vontade de colocar algo meio inutil mesmo no post, hehe.

Um grupo de modelos começou um movimento parecido com esse (não sei se é o mesmo), a uns anos atras, quando uma modelo africana pediu para ver a genitária de uma amiga dela também modelo, dizendo que a dela havia sido mutilada e ela nao tinha clitoris. Aquilo foi um choque e elas começaram uma campanha contra esse tipo de atitude de certas culturas.


Bom fim de semana ^^

Luma Rosa disse...

Não acho que a liberação sexual seja a causa dos conflitos internos que levam pessoas a se deprimirem ao ponto de atentar contra a vida. Talvez a impotencia sexual sim, tanto de homens quanto de mulheres. Uma mulher dessensibilizada ou castrada, poderia pensar nisso. Mas não, essas mulheres resolveram lutar porque apesar de não gostarem de armas são guerreiras. Isto a própria natureza mostra, quando por exemplo, animais irracionais como uma leoa proteje o seu filho e o leão pode muito matar seu filho apenas por ciúmes. Alguns homens são rancorosos e procuram inimigos em sua própria sombra, mas isso não vem ao caso.
Sou a favor de qualquer movimento que combata a violência.
Boa semana! Beijus

Sunflower disse...

ok, achei lindo.

Não é que eu esteja desmerecendo a batalha da mulher no percurso da (re?) (in?) (e?!) (O!!)volução da Humanidade mas, de vez em quando, analizando bem, não parece que a revolução feminina foi idéia de um homem?

Sei não, sempre suspeitei dessa história de queima de soutiens e invenção do controle de natalidade. Acho que foi só pra putaria comer solta.
Vamos checar, antigamente a mulher era única e exclusivamente educada para cuidar de lar, do marido, dos filhos e de si. Hoje, ela tem que ser tão bonita quanto o que é apresentado no photoshop, o lar tem que ser da IKEA, se mata de esudar, trabalhar. Não tem tempo pra cuidar dos filhos e pede ajuda a super nanny (Pra mim, aquilo é programa de terror) e fica esperando por um príncipe que nunca vem, então ela toma a espada para matar o dragão.

Ninguém nunca me perguntou se eu queria abrir mão dos meus romances polifônicos e do meu dote pra isso.

Chantinon disse...

Luma,
Vamos deixar claro aqui que eu sou MUITÍSSIMO CONTRA qualquer forma de repressão, e sexual nem vou falar. Isso de homem rancoroso existe, mas proporcionalmente são infinitas mulheres que choramingam fazendo pose de usada e vítima, isso é bem mais comum. E mulher adora se envolver com homens casca grossa... Parece que é um desafio, uma tentativa de mudar aquele perfil, e claro, isso é fracasso certo.

Sunflover,
Como sempre, você sabe jogar a pimenta na medida.
Olha só... A coisa não tá maravilhosa para o lado feminino. Hoje as mulheres estão morrendo das mesmas doenças que matavam os homens, coração por exemplo. No passavo mulheres viviam bem mais, mesmo com toda a tortura de ser a empregada da casa.
O grande conflito do mundo moderno é que as mulheres quetem ser homens e muitos homens querem ser mulheres (Ui!).
E até isso se equilibrar não estaremos vivos para ver essa maravilha (cena pintada de uma paisagem bucólica tipo Testemunha de Jeová)

Sunflower disse...

Pois é, uma amiga minha minha foi ao enterro da colega de trabalho dela. A mulher tinha 40 anos, morreu do coração. Minha amiga me contou e eu disse:Gente, isso é coisa de homem! Homem que morre do coração cedo.


Adorei a banda.