domingo, 15 de julho de 2012

Se o mundo pudesse parar


Se o mundo pudesse parar,  e escutar a beleza que tem o som do cello.
Se eu acordasse amanhã, e fosse novembro de 2008.
Se eu estivesse dormindo com um sorriso aberto nesse momento.
Se não estivesse ouvindo Hammock e sentindo a dor daqueles que nem sabem que estão doentes.
Se existisse Deus, ah, se existisse Deus.
Se eu acordasse agora e fosse tudo um sonho, e estamos em 1979.
Eu assistiria Tarzan em preto e branco.
Mas se fosse 2020, e eu tivesse tido a paciência de esperar.
E se eu conseguisse não ter medo de sofrer, e esperar por uma certeza que maltrata o amor, mas que é incerta.
E se eu pudesse me reescrever, o que eu seria? Algo que você não gostaria (nem eu).
E se eu pudesse te reescrever, eu não reescreveria. Seja como é.
Mas se eu tivesse escolha, e pudesse de dar caminhos, eu diria o sensato. Mas envolvidos na trama nunca são livres de arbítrio.
E se eu pudesse guardar meu amor, eu guardaria. E eu posso.
Algumas coisas não possuem donos. Não possuem valor. Não podem ser tiradas ou colocadas em armários. 
E não podemos mudar o dono, porque esse dono não sou eu, nem é você, é algo tão magnífico que pertence a uma sociedade de dois, mesmo que não exista uma sociedade.
Antes que eu acabe, acabou.
Nesse momento meu sangue circula mais lento, quase no sentido contrário.
Está tocando “Will You Ever Love Yourself?” do Hammock.
Minha nova vida começa hoje.
Sem você, sem sonhos.

Esqueça tudo. O tempo faz milagres.

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