Lembram de um negócio chamado fita cassete?
Ela existe desde os anos 60, mas copiar músicas é crime desde que a justiça inventou a tal da patente e direitos autorais.
Talvez você não lembre ou não saiba, mas o MP3 já foi motivo de brigas e levou gente para a cadeia.
Só lembrando, é proibido copiar músicas.
Mas a Sony, Philips, Polyvox e outras empresas, criaram a fita cassete e os gravadores, tornando fácil copiar músicas. O curioso é que essas empresas eram e são, donas das licenças, ou seja, donas das músicas.
Não foi uma empresa qualquer que mudou o mercado da música com MP3, foi a Apple com o sucesso do iPod, que gerou centenas de clones tocadores de MP3, na época que o MP3 era alvo da justiça, que sentenciava quem usava esse tipo de arquivo como criminoso.
Ao mesmo tempo que o iPod e os clones - chamados de tocadores de MP3 - se popularizavam, a Apple comprava os direitos das músicas.
Bem, talvez seja complicado entender como uma empresa cria um aparelho que facilita a cópia de músicas e ao mesmo tempo proíbe as cópias.
Esse tipo de incoerência é muito mais comum que se imagina.
A Monsanto fabrica agrotóxicos e sementes que ajudaram a reduzir a fome no mundo. Ao mesmo tempo ela é responsável por várias mortes e doenças, em uma escala que não se sabe ao certo, já que todos os processos contra a Monsanto são protegidos pela justiça.
Um dos disparates mais absurdos, são as pesquisas de faculdades serem altamente protegidas. Imagine quantos grupos de cientistas estão pesquisando a cura para AIDS, Câncer ou ebola, e por restrições, eles não podem trocar dados, o que aceleraria as descobertas.
Não é tão difícil entender que a justiça, muitas vezes é apenas a ferramenta usada para proteger uma camada de pessoas.
Aaron Swartz, fundador do Reddit, foi um desses jovens que tentou "burlar" as proteções criadas com apoio da justiça. Diferente de manifestantes que marcham e promovem tumultos, ele apenas copiou dados.
Como isso o levou a morte, e como o MIT e a justiça americana tem culpa sobre essa perda, você vai descobrir vendo o documentário "O Menino da Internet: a História de Aaron Swartz"
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