sábado, 7 de abril de 2007

IBM, Governantes, Recife e as Negonas de Cabelo Liso (4/4)


As negonas e suas chapinhas

A prova que a educação está ligada a sociedade vem diretamente dos instrumentos de comunicação em massa. Para a nossa infelicidade, depois do famoso e popular ato sexual, o meio de entretenimento mais barato e pop é a televisão. Não adianta chorar, mas a internet tem tudo para ser a TV dos tempos modernos. Sites com conteúdo bumda-mole já não faltam. Os sites que mais geram visitas no Brasil são aqueles que divulgam charges, fofocas e besteiras, muitas besteiras.

Impressiona como a massa acredita em tudo que se passa dentro dessa tela de vidro. Para piorar os humanos imitam tudo que observam na TV. É a verdadeira analogia do homem-macaco, você faz um gesto e espera o símio imitá-lo.

O mundo sempre foi dominado pelo mau gosto, seja estético ou social. Assim vemos gente usando roupas estranhas desde os anos 60 e pior ainda, travando guerras e disputas raciais desde que o homem aprender a andar em 2 patas (pernas?).

Com o advento da comunicação em massa a sociedade passou a se tornar fantoche dos empreendedores focados no marketing. No inicio era moleza acertar, afinal quem não queria um Ford preto no tempo das carroças?
Mas nos dias de hoje a competição tornou tudo mais difícil... Já temos escovas elétricas, liquidificador com timer, lavadora programada e geladeira com internet, o que porra precisamos mais?

Então dos anos 50/60 para cá, resolvemos manipular as pessoas pelo que elas são ou pelo que não são, mas querem ser. Um milionário passa a velejar porque seu amigo entrou na onda. A mamãe não vive mais sem a papinha de legumes no vidro. A bagunça foi crescendo, e ficamos tão alienados com as luzes e vitrines que passamos a comprar a imagem do que gostaríamos de ser. Eis que surgem as tribos. Todo mundo cabeludo. Todo mundo de preto...
Eram os roqueiros, os Punks, os Darks. Recentemente os Góticos (Perai, Gótico não é coisa da idade média?), e para meu desespero mental, surgem os emos.

Porém nada desvirtua mais o ser humana do que não aceitar o que ele é na sua essência. Assim dá para imaginar que os emos devem ficar por aqui muito tempo, já que eles são mal vistos pelos pais e pela sociedade (ninguém acha bonito meias listradas, olhos e unhas pintadas de preto, só os emos mesmo), mas tem coragem de pagar o mico, isso pode parecer estranho, mas tenho admiração por quem sabe o que quer, mesmo que no futuro o camarada faça de tudo para apagar seu passado. Os punks e metaleiros existem há muito tempo e sobreviveram a todo o preconceito. (Espero que esse negócio de emo seja como os Menudos, e vire fumaça)

Mas o que você me diz de Michael Jackson?
Já imaginou um movimento pregando que os negros fiquem brancos? Ou que os mulatos afinem os narizes até parecerem pontas de fechas?
Isto está acontecendo silenciosamente. O movimento não tem um nome, mas poderia ser chamado de “clube da bunda” ou simplesmente de “chapinha”.
Os negros americanos (e parece que no resto do mundo) seguem duas diretivas, fique mais branco ou fique mais negro. Infelizmente a segunda opção não tem nada de positivo. Seja em vídeo clipes ou em movimentos das gangues, os negros estão incitando um lado ruim que os brancos teimam em dizer que é nato da raça africana. A violência tem motivado jovens negros americanos a se mostrarem como símbolos de um sucesso conseguido na base da bala e muita porrada. Rapers ficam famosos por trocarem ou levarem tiros. É como uma escala de poder, quando mais agressivo você for, mais pontos para sua fama. Essa medida é evidente em jogos de carros por exemplo, onde quanto mais você bater nos carros da policia mais pontos o jogador adquire.

Já vi clipes onde uma grande multidão rosna palavras de ordem nas ruas, e muitos dos personagens carregam facões e armas nas mãos, e não estou falando de um vídeo sobre Angola, trata-se de um gueto americano.
No caminho do “Fique mais branco”, os negros não estão mudando de cor como Michael Jackson, mas esticando o cabelo e ficando loiros. Será que a Beyoncé é mais bonita de cabelo liso e loiro do que o seu natural?

Mas porque coloco os negões violentos e as musas negras de madeixas loiras lisas no mesmo saco? Fácil, os parceiros de trabalho ou namorados dessas garotas quase sempre são essas figuras grotescas.

Nem só os negros entram nessa tribo, Enimen e Shakira são ótimos exemplos do investimento macabro que as gravadoras/produtoras fazem em cima da violência e do balançado de bunda.

Esses papos me lembram sempre Silvio Santos: _Eu dou o que o povo quer!

Para ninguém pensar que sou moralista, é sempre bom lembrar que existem figuras que sabem ganhar muita grana sem empunhar um facão ou tentar tornar a linda pele negra em branca. Vem-me na cabeça agora Madonna e Larry Flint.

O mundo seria bem melhor se:

  • As negras continuassem com seus lindos cabelos enroladinhos;

  • Os negões não fizessem exatamente o que os branquelos racistas querem que eles façam;

  • O povo começasse a ter dúvidas e fazer perguntas, não só imitando e acreditando no que a TV mostra.
  • Os administradores fizessem seu papel, assim eu não teria motivos para escrever nem a primeiro linha de todo esse artigo, e estaria na frente da TV vendo uma linda negona de cabelo natural cantando blues sem ter que balançar a bunda e os peitos
    (Hummm, essa última parte até que não é tão ruim)

3 comentários:

Tássia Carneiro disse...

Sabe oq eu acho....eu qria sentar na frente da tv e ver um lindo negão (vestido) cantando blues... ou hip hop mesmo.. ahahahaha... mas esse lance de tv, publicidade e astros(!?) q influenciam as pessoas eh o easy... td mundo gosta do easy.. da mediocridade... eh mais facil seguir os 10 mandamentos da tv do q ser vc mesmo.. so..pão e circo pro povo.. pq do jeito q as coisas andam.. as pessoas nunca irão se questionar.. :\

Tássia Carneiro disse...

salvem-se quem puder.... e quiser..

Anônimo disse...

Nos EUA, os negros conseguiram algo que no Brasil nós ainda não temos: respeito. O negro americano é respeitado, os brancos sabem que eles têm capacidade pra produzir qualquer atividade, seja ela qual for: esporte, "trabalho" ou música. Portanto, lá,o negro se pintar de loiro, ruivo, alisar e esticar o cabelo, será por algum motivo especial e não por falta de auto-estima. Já no Brasil este processo é diferente; os negros brasileiros se deixam levar por este embranquecimento, mudam as suas características físicas para que sejam aceitos na sociedade, não seja visto como "mulata do carnaval", ladrão, músico ou jogador de futebol, pois negro só é reconhecido quando atua num destes casos[ou quando quer mudar a situação miserável e é acusado de "racismo às avessas"].