segunda-feira, 18 de junho de 2007

Mainardi, o único humorista que restou

Lembram de um treco que se chamava D I T A D U R A?

Acho que na época dessa tal de ditadura o humor brasileiro realmente existia.
Hoje é tudo cópia de algo que um dia foi bom.

Na verdade acho que tudo hoje em dia virou firula só para garantir o leitinho das crianças e o caviar do fim de semana.

Restou um único humorista sarcástico e ácido, suficientemente louco e corajoso para alfinetar essa corja de bandidos que administram nossa amada pátria, Diogo Mainardi.

Sei que copiar textos com direitos autorais registrados é crime, vai ver que é dessa vez que serei preso. (A única vez que corri o risco de ser preso foi quando roubaram minha bicicleta e fui prestar queixa numa delegacia, falei mais alto com a delegada pedindo providencias e ela: _ Melhor ficar quietinho ou vai passar o fim de semana no xadrez)

Aproveitando:
Meu irmão foi assaltado, fez o BO, na saída o policial disse: _ Tchau, até o próximo assalto!


Abaixo o texto do Mainardi publicado na Veja no dia 20/06/2007:















Para o Gil, aquele abraço


"Gilberto Gil me considera o Vavá da imprensa. Ele declarou à Playboy que me acha 'bonito, mesmo dizendo essas coisas todas'. Para Gilberto, sou inimputável como Vavá. Só para terminar: o que eu mais aprecio em Gilberto Gil também é seu aspecto físico"

Gilberto Gil me considera o Vavá da imprensa. Ele declarou à Playboy que me assiste todo domingo no Manhattan Connection, porque me acha "bonito (risos), mesmo dizendo essas coisas todas". Para Gilberto Gil, sou inimputável como Vavá. Ninguém pode me responsabilizar pelo que eu digo. Sou apenas, como já cantou o ministro, um "moreno com os olhinhos brilhando", um "bezerrinho", um "homem de Neandertal" de "porte esperto, delgado".

– Empresta dois milhão para mim?

Se Vavá é o Mainardi do lobismo lulista, se ele é o "bocadinho de amor" dos bingueiros de Campo Grande, se sua falta de cultura é usada como um salvo-conduto para livrá-lo da cadeia, suspeito que o fino intelectual do bando seja o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Ele deu uma amostra de sua sagacidade argumentativa num telefonema grampeado para o bingueiro Nilton Servo:

– Quando começa a morrer juiz, todo mundo fica preocupado. Mas não tem uns que têm que morrer mesmo?

Sei perfeitamente que, com meu "corpo eterno e nobre de um rei nagô", eu poderia parar de me importunar com assuntos desse tipo, mas sempre me espanto com as estratégias de acobertamento da imprensa lulista. VEJA noticiou que Vavá levou um empresário ao Palácio do Planalto em 19 de outubro de 2005. Três semanas depois, a IstoÉ Dinheiro fez uma reportagem de capa sobre "O drama da família Lula da Silva", em que os parentes do presidente atribuíam a parada cardíaca de Vavá às denúncias contra ele. Na reportagem, Frei Chico defendia o irmão lobista da seguinte maneira:

– O Vavá sempre foi uma espécie de assistente social não remunerado. Ele procurou ajudar as pessoas. Está na cara que ele nunca levou vantagem desses empresários.

Frei Chico usa o codinome Roberto em seus telefonemas para Vavá. Vavá fala sobre máquinas de terraplanagem com o presidente da República. E o "filho do homem" é uma figura recorrente nas conversas dos bingueiros. Trata-se daquele filho? Trata-se daquele homem? Nilton Servo foi grampeado dizendo:

– O Dario está vindo para cá, entendeu? Para Campo Grande. Está vindo ele e está vindo o filho do homem.

E acrescentou:

– Nem o Vavá sabe disso.

Vavá é para ser usado. Vavá é um lambari. Vavá é um ingênuo. Tanto que o filho do homem conseguiu passar-lhe a perna, aliando-se ao compadre de Lula para roubar-lhe o cliente bingueiro. O mesmo cliente bingueiro que, referindo-se a um empréstimo milionário do BNDES para uma fábrica de papel higiênico, serviu-se de uma elegante onomatopéia:

– Pá, pá, pá. Pum!

Eu, "a coisa mais linda que existe", me pergunto quem é o filho do homem e se a PF rastreou os telefonemas de Dario Morelli nos dias que antecederam a tal viagem a Campo Grande. Eu, "motocross das estradas da ilusão", me pergunto também se o homem da mala no caso do dossiê, Hamilton Lacerda, ex-secretário de Zeca do PT em Mato Grosso do Sul, teve algum contato com esses bingueiros em setembro de 2006.

Só para terminar: o que eu mais aprecio em Gilberto Gil também é seu aspecto físico.



Olha a versão que a Angélica (da comunidade do orkut) criou para a música do Gil:

O MST continua rindo
Corrupção da boa continua tendo
No Rio de Janeiro, o maior balaço
Alô, alô, PCC - aquele abraço!
Alô, quadrilha do PT - aquele abraço!
Mullinha continua balançando a pança
Zoando com a lábia e enganando a massa
E continua dando gafe o ano inteiro
Alô, alô, Zé Dirceu - velho safado!
Alô, alô, Waldomiro - quêde o bicheiro?
Alô, alô, Genuíno - velho palhaço
Alô, alô, Delubinho - aquele abraço!
Alô, bolsa da miséria - aquele abraço!
Dólar na cueca velha - aquele abraço!
O conchavo nos vendeu - naquele passo!
Alô, bando de aloprados - aquele abraço!
Pro caseiro do Palocci – aquele abraço!
Quadrilheiro e sanguessuga, vão no compasso
Se não sabe ou se esqueceu – é um velhaco!
Se teu vôo se apagou – aquele abraço!
Duda fez e duda faz - aquele escracho!
Todo o povo brasileiro – é só fracasso!

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