Cultura coletiva
Experiência de vida é algo associado a sua idade. Claro, alguns conseguem ter muito mais “pano para as mangas” que outros que vivem em bolhas sociais ou fechados no próprio quarto. No decorrer de uma vida você passa por mudanças da sociedade, coisas fúteis como moda e cultura popular (popular no sentido de coisa passageira, como estrelas da música ou programas de TV do momento), são partículas no oceano.
Os povos evoluem de acordo com suas crenças e situações vivenciadas. Um bom exemplo é a comida. Cada região do planeta carrega seus temperos e influências culinárias de processos que vão desde o descobrimento de um país até períodos de guerra. No Brasil adquirimos hábitos alimentares dos africanos, portugueses e até dos índios. No Japão e China, países que passaram séculos em guerras por regiões curiosamente improdutivas e gélidas, a fome foi o principal motivo para tornar os orientais exímios comedores de criaturas e qualquer tipo de coisas estranhas para nos ocidentais.
Com a evolução humana, além da escrita e dialética, conseguimos apurar e passar nossos conhecimentos de canto a canto do mundo. Porém, a cultura enraizada das diversas populações parece que não muda, assim como sua culinária regional.
O que Darwin chamou de Teoria da Evolução é um principio biológico, onde sobrevive o mais forte e adaptado as mudanças. Socialmente poderíamos chamar o século vinte de começo do Retrocesso Humano. Nos princípios de Darwin as mudanças levam milhões de anos, mas os estudos seguidos mostram que mudanças abruptas podem eliminar toda uma cadeia de vida de uma só tacada.
Se a diversidade dos povos do planeta é tão extrema, o que todos têm em comum?
Globalização dos erros
Existem pontos em comum sim!
Amor e ódio. Sexo e morte. Esses combustíveis se encaixam muito bem na teoria Darwiniana. O que o Darwin não colocou na sua fórmula foi o sentimento humano do desafio, da fúria das conquistas e do inexplicável conformismo das massas, verdadeiros rebanhos, pessoas de carne e osso que nunca se perguntam - Por que?
Psicólogos e filósofos descrevem varias teorias, mas não existe forma de entender o holocausto, as chacinas na China ou a grande fome na Rússia. São atos horrendos praticados por uma massa de alienados. Povo contra povo, irmão contra irmão.
O advento do rádio e televisão popularizou a informação, que por quase um século foram usados (e ainda são) por ditadores e falsos democratas como ferramentas de marketing e disseminação de ideais bolados por loucos sanguinários, psicopatas e xenófobos.
Eis que surgem os vôos comerciais intercontinentais, as ferrovias que cortam todo o continente europeu e a Internet, que achatou o mundo em menos de 20 anos. Vivemos hoje de notícias em tempo real. Sabemos em segundos o que está acontecendo em qualquer parte do mundo. Mas nossa consciência coletiva e a mesma dos alemães que deixaram milhares de judeus sufocarem em câmaras de gás. De Russos que matavam seus próprios parentes por serem Kulaks.
Feliz ou conformado?
A globalização trouxe felicidade às massas. Agora qualquer pobre pode comprar um sachê de xampu com 5ml, adquirir um guarda-roupas em 20 prestações com juros estratosféricos, ou fazer um curso de aperfeiçoamento profissional para ser forrador de mesas de hotel.
Se esse humano de pele e pulmões como qualquer outro está inserido na classe média pode ficar hiper feliz trocando de carro a cada 24 meses, e ninguém se pergunta, por que?
Por que preciso enganar um miserável tirando suas moedas por um xampu de dose única?
Por que não devo ensinar ao pobre a não pagar juros?
Por que devo trocar de carro se o meu é perfeito?
Por que devo aceitar tudo que é noticia que me faz pensar menos que um gafanhoto?
Gafanhoto é aquele ser que voa em bando formando nuvens. Onde passam não sobra vida. Uma nuvem de gafanhotos pode devastar uma floresta em menos de uma hora. Durante sua estúpida vida, um gafanhoto nasce, come, transa e morre. Os gafanhotinhos repetirão todo o processo dos seus pais (Sem nunca terem visto seus pais), que fizeram da mesma forma que os avós e por ai vai.
Ai você parou para pensar – Esse cara está me chamando de gafanhoto?
Finalmente você se fez uma pergunta, e sim! Você é um tipo de gafanhoto. Só que anda de carro e limpa o traseiro depois de ir ao banheiro. Mas joga seus filhos em creches, escolas, cursos idiotas e vai para seu trabalho idiota. Come 3 vezes mais o que seu organismo precisa, e faz parte de um coletivo que suja e destrói um planeta do qual não temos um outro no armário, ou em promoção por 15 pequenas parcelas sem juros (sorte sua se não está inserido nesse ciclo).
Você faz uma nova pergunta:
- Esse babaca que escreveu isso não faz as mesma coisas que eu? Quem ele pensa que é?
Isso mesmo! Sou igual a todos. Nasci, vivo estupidamente e daqui a um tempo (... ) irei morrer.
Mas venho diminuindo a quantidade de carne que como. Não sou fã de carros (apesar de admirar tecnologia e design), tento ser menos consumista (isso é até fácil, sem dinheiro é mole), e mais importante, só tenho um filho.
Chegamos ao ponto
Temos que parar de produzir filhos!
Isso pode ser chocante, dar uma dor no coração. Pode me levar a ser apedrejado nas ruas, mas temos que parar de entupir o mundo com humanos.
Está comprovado, maior parte das pessoas é avessa a grandes temas.
Não adianta propaganda 24 horas por dia na TV falando que o mundo vai torrar e inundar, o povo quer é futebol e samba. A única consciente coletiva que existe e funciona é a da violência. Isso é incrível, mas é verdade.
Curiosamente o povo que é mais solidário no mundo em doações são os americanos, isso é até fácil de entender pelo lado financeiro, mas socialmente não seriam os americanos os xerifes do mundo? Durões e matadores profissionais?
Essa resposta pode vir em forma de um pequeno peso na consciência (deles).
Mas se o assunto é:
-Madame, não compre essa bolsa mais barata porque é fruto de trabalho escravo na China!
-Fuck you man! Fuck chineses children!
Ou com o pai gordão da família:
-Senhor, essa caminhonete de 12 metros bebe 1 barril de petróleo por kilometro, e solta toneladas de CO2, porque não leva aquele carrinho elétrico ali, afinal o senhor só mora com mulher e um filho.
-Suck my ass bastard! I like the Power.
Acorde agora
Só existe uma forma de pararmos com toda essa loucura!
Temos que parar de crescer!
Esqueçam tudo que foi ensinado até hoje. Abram o crânio e os olhos.
Medimos a vida pelo dinheiro que temos ou poupamos, quando o certo deveria ser por felicidade.
Quantas vezes alguém já lhe perguntou se você está feliz?
Perguntam quanto é seu salário, qual o motor do seu carro, que cor de parede você prefere, mas nunca perguntam: Você está feliz?
E o mais assustador é a resposta que nos vem à cabeça com uma pergunta assim. Pensamos nas contas do mês, no imposto da casa e do carro, no novo emprego que você está procurando, mas jamais pensamos nos filhos, no vizinho, no cachorro que está levando chuva no quintal.
Felicidade hoje em dia já é algo comprável. Seja com cerveja ou com cartão de credito. Felicidade está na TV em forma de tubo de creme dental.
E você ai, alienado, sonhando com a mega sena e quantas tranqueiras irá comprar.
Que tal trocar esse sonho fútil por outro... Algo como empurrar essa manada de alienado para uma estrada que não leve ao despenhadeiro?
Que tal mudar sua vida antes de ser moda fazer o certo?
Se você ainda não começou a fazer perguntas, dá uma olhada no documentário Earthlings (Terráqueos) e pode começar como eu, com pequenas atitudes, comendo menos carne, fazendo menos filhos e não reproduzindo seus animais domésticos.
Os países de maior renda per capita do mundo possuem pequenas populações e não estão preocupados em crescer (no sentido industrial). É fácil entender, menos bocas, mais comida. Menos gastos, mais economia. Menos poluição, mais vida.
Terráqueos (Earthlings) parte 1
As outras partes estão aqui.
Esse documentário está legendado e dividido em 10 partes no Youtube. Se você já viu os documentários do PETA, esse é censura livre. Se nunca viu como matamos animais por diversão ou sadismo, prepare-se para ficar chocado, mas não deixe de ver, não é apelativo, é educativo. Pode ser o empurrão que você precisava para mudar de rumo.
Um comentário:
É ...
E nós cada vez indo mais para o buraco ... alguém tem uma bóia sobrando por ai ?
Abraços !
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