terça-feira, 4 de novembro de 2008

David Lynch no Roda Viva

Algo me dizia:
"Não durma, não durma, não durma..."

Essa minha teimosia em atender esses pensamentos furtivos e metafísicos transcendentais:
"Ligue a TV, não durma..."

POWww!! Roda Viva com David Lynch!
Ainda bem que às vezes escuto essa voz, e o maior problema é que muitas vezes deixo de escutar. Muitas vezes ela está certa, mas prefiro arriscar e desafiar todos os alertas.

Minha vida é um verdadeiro mundo Lynchiano, e adoro isso!

No final da entrevista o cineasta é interrogado sobre sua religião e se acredita em Deus...

David Responde:

-Sim! Eu acredito em Deus!

Não sei porque, isso me lembrou da primeira visita da Siouxsie and Banshees no Brasil, quando ela quase foi apedrejada por estar trajando uma roupa branca de gente "normal". Ela deu uma entrevista indignada, e teve que falar o obvio:
-Eu sou uma artista, o palco é uma fantasia... Eu não sou bruxa ou bebo sangue.

Hahahah!

10 comentários:

Deftones disse...

David Lynch esteve no Roda Viva??? Puta que pariu! Não acredito que perdi isso! Cara, estou surpreso, absolutamente! Queria ter visto isso... ah e quanto aos elementos lynchianos, eles estão por toda parte, hehehehe..

Que maus, fiquei puto com essa... Adiós!

Anônimo disse...

Eu perdi e acabei nos braços de Morfeu (sono sono sono). Deve ter sido lindo!

Chantinon disse...

Amigos,
Quem ficou surpreso fui eu em saber que não sou o único a adorar o Lynch por aqui! :)

Não mencionei uma parte da entrevista...
Um jornalista interroga o David sobre seu estilo "grotesco" de fazer cinema e sua fixação por acidentes de carro.

Fiquei sem entender, mas ai depois me veio a cabeça, o idiota trocou Lynch por Cronenberg e seu nojento e perturbador Crash - Estranhos Prazeres (Erro imperdoável).

Eu realmente não gosto do Cronenberg, mas nunca deixo de ver seus filmes. Ele sabe como fazer vc ficar enojado.

Deftones disse...

Confundiu com o Cronenberg? hehehe... não sei por onde anda esse, aliás, lembro que há pouco tempo lançou um filme aí, Marcas da Violência... mas não o conheço a fundo, salvo engano, dele eu só assisti A Mosca, uma ficção bizarra que o dono deste blog deve lembrar melhor do que eu...

Quanto à entrevista do Lynch, o Roda Viva disponibiliza os textos num site de uma faculdade aí, depois procurarei. Não é a mesma coisa, mas...

Chantinon disse...

Leon,
Claro que assisti A Mosca.
Também vi "Marcas da Violência" e "Senhores do Crime", onde o Viggo Mortensen atua nos dois.
Tirando a nudez do citado ator no ultimo dos filmes, que eu preferia não ver, foram bons filmes.
Mas Crash do Cronenberg é podreira.
Cai naquele dito de que: é tão ruim, mas tão ruim que é bom.

Kalunga disse...

Salve Chantinon!

porra, eu fiquei sabendo da presença do David Lynch no Roda Viva e engoli mosca, putz! Aliás, quem engoliu A Mosca foi o tal jornalista lá que o confundiu com o Cronenberg, hehehehe...

Olha eu sou fã do David Lynch desde que vi - e não entendi (era muito novo ainda) - Veludo Azul em VHS nos anos 80. Daí fiquei sabendo que o mesmo diretor seria o responsável pela série "Twin Peaks", que seria exibida aos domingos, na Globo, e fiquei doido pra ver. Acompanhei TODOS os capítulos exibidos na rede do plim-plim, chapei minha mente, foi algo que marcou minha memória cinematográfica até hoje - apesar das escrotizadas da Globo (retalhou a série) e do Faustão (que ficava malhando a série no Domingão com o bordão "quem matou a p**** da Laura Palmer?!?") .

Depois disso, passei a acompanhar os filmes do David Lynch, sempre me supreendendo e sempre criando interrogações na minha mente, pois ele não fazia (e ainda não faz) a menor questão de explicar certas coisas em suas produções - e isto é um fator que me faz admirar ainda mais a sua obra.

Sobre o Cronenberg, eu sou fã do cara também. Ele realmente puxa muito mais p/ o lado grotesco, mas o considero da mesma estirpe do David Lynch - e também o Win Wenders: diretores de características únicas, com o pendor para o incômodo ao espectador (O Wenders nem tanto), e que sabe lá como são figuras de tramitam no mainstream sem que seja preciso abrir as pernas para o esquemão hollywoodiano.

Particularmente insiro os dois últimos filmes do Cronenberg (pelo menos os que foram exibidos no circuito comercial do Brasil, pois sei que ele tem uma boa filmografia de curtas-metragens experimentais até hoje), "Marcas da Violência" e "Senhores do Crime", entre os meus filmes preferidos de todos os tempos.

Acho que muita gente que gostava do Cronenberg associando-o ao aspecto gore de seus filmes se decepcionou com estas duas últimas produções - assim como a ausência do surrealismo e a simplicidade de "História Real" (acho este filme fantástico)decepcionaram fãs do lado grotesco de David Lynch, ainda mais para quem assisitiu "Homem Elefante"

Eu enxergo que Cronenberg encontra-se num estado único de maturidade em sua carreira, pois estes dois últimos filmes não deixam de incomodar por conterem cenas um tanto quanto nojentas (mas em muito menor número), assim como inserem histórias e personagens muito mais profundos, com soluções dramáticas únicas e sem a preocupação de agradar.

"Senhores do Crime", particularmente, é uma história bela também - algo impensável para um cineasta pessimista por natureza como o Cronenberg. E a cena do banho turco com o Viggo Mortensen peladão tentando se defender das facadas de dois capangas da máfia russa é tão perturbadora quanto antológica. Não, eu não gosto de ver homem nu em ocasião alguma, mas aquela sequência incomoda justamente por expor o cara de uma forma poucas vezes vista num filme que transita por hollywood.

abração!

Chantinon disse...

Fala Fábio!

"História Real" é um dos filmes mais fantásticos que já vi.

E o Win Wenders na minha humilde opinião é o mais grotesco/macabro/alienado de todos, e eu só vi 2 filmes dele até hoje.
Mas sei que o tema preferido do maluco é suicídio.

E "Hotel de um milhão de dólares" é o filme obrigatório. Aquele ator que faz o papel do poeta louco em parceria com a Milla Jovovich... Puta que pariu!!! Vou pegar meu DVD e ver hoje, só por isso!!

http://www.youtube.com/watch?v=niDTxUkdoF8

As frases desse filme são como se você tivesse engolido um anzol, e uma baleia começasse a puxar a linha :)

Anônimo disse...

Massa o link pra música 'city of angels', vozeirão perfeito pra ser ouvido depois da 00:00.

(...)

E quanto ao teu comentário 'açucarado' no Vinil, eu tenho que discordar. Pelo menos comigo hahaha, não vou dizer por toda a nação feminina pq eu sei que a grande maioria das garotas prefere o conformismo.

Mas, do meu lado, eu sinto que os guris penam um pouco mais. Não que isso seja luxo de um ou de outro - entrar no mérito de sofrimento amoroso pode implicar em guerra dos sexos ou algo que remeta à 'isso é de menino e isso é de menina -, uma vez que tendo um coração no peito qualquer um está sujeito a sofrer (ou seja lá o verbo que possa definir essa coisa que a gente sente quando gosta de alguém, sem ser paixão e afins).

Dani F. disse...

Nada a ver com o post, mas soh para dizer que fui no show do M83 (lembra que um tempo atras a gente "comentou" sobre eles?). Um dos melhores shows que jah fui. Muito muito bala! E aih durante o show, eu pensei: tenho que contar para o Chantinon. Ehehehehe: Tá contado! Beijoca!

Dany Darko disse...

Obs: Daniella = Ma vie en rose =D