segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os 30 melhores discos de 2010... (for me) 30-21

Não é novidade que blogs e pessoas teimam em fazer listas. No final de cada ano, todos fazem suas listas de presentes ou dos desejos para o ano seguinte.
Como para mim a vida é sonora, eis a lista dos 30 discos mais tocados durante o ano, e algumas observações que poderão descrever o som e o ritmo da dança que embalou 2010.

30. Anja Lechner, Vassilis Tsabropoulos - Chants, Hymns And Dances (2004) 
Quando descobri esse disco do pianista Vassilis Tsabropoulos acompanhado da violoncelista Anja Lechner, pensei... Isso é para se ouvir no frio, acompanhado de vinho. Mesmo para aqueles que não tem experiência com música clássica é um disco marcante.
Ideal para dias chuvosos.


29. Röyksopp - Junior (2009) 
Quem não conhece os noruegueses do Röyksopp nunca assistiu MTV. Os clipes antigos sempre são revisitados. Mais uma dupla que gosta de convidar garotas para cantar. Karin Elisabeth Dreijer Andersson (The Knife, Fever Ray, dEUS), deu voz e imagem aos poucos sucessos da banda. Junior é um disco mais fácil e deve agradar a pessoas que curtem música eletrônica mais introspectiva.
Ótimo para ouvir em alta velocidade ou cooper com o headphone já explodindo :)


28. 8mm - Songs to Love and Die by (2006)
Difícil de acreditar que Sean Beavan, membro da banda, e casado com Juliette Beavan, a vocalista, já trabalhou com Marilyn Manson, Nine Inch Nails e Slayer. É mais uma das minhas bandas Trip Hop, que vai de uma lamúria sentimental e descabida a músicas relaxantes e pensativas.
É Trip Hop, então é bom para o amor (com sacanagem).


27. 3 na Massa - Na Confraria das Sedutoras (2008)
Esse é o filho único da banda formada por integrantes do Nação Zumbi e um apanhado de garotas donas de vozes sedutoras. A pegada da banda é essa mesmo, sussurro no pé do ouvido. Classificam o 3 na Massa como Trip Hop, e como nos shows os caras sampleam descaradamente músicas do Hooverphonic, o carimbo de tesante é válido e merecido.
Som para relaxar, e algo mais.


26. Sparklehorse - Dreamt For Light Years In The Belly Of A Mountain (2006)
Se você perder algum tempo irá encontrar algumas referências aqui no blog sobre o Sparklehorse e seu mentor, Mark Linkous. Para muitos esse é o melhor disco da banda. Um misto de psicodélico com depressivo, mas com um tom doce, capaz de fazer apreciadores do Radiohead gritarem: Deus, por que eu não ouvi isso antes? Inclusive, na turnê de 1996 o Sparklehorse era a banda de abertura dos shows do Radiohead.
Escute sozinho em dias de introspecção ou solidão.


25. Conjure One - Extraordinary Ways (2005) 
Se você já é cliente do blog (um dos 2 leitores), ouviu falar em Rhys Fulber e Bill Leeb (Fulber & Leeb para os intimos) algumas vezes. O Conjure One é um dos projetos dos caras. É uma mistura de world music com eletrônica. As vozes femininas são parte marcante da sonoridade do grupo. Batidas Trip Hop criam um ambiente empolgante. Um dos discos que eu levaria para uma ilha.
Ótima opção para ouvir durante o trabalho ou como som ambiente em sala de cirurgia.


24. Hooverphonic - The Magnificent Tree (2000)
Ai você vai dizer: Como diabos o cara indica um disco de 10 anos atrás? Na verdade, escuto o Hooverphonic a muito tempo, mas era vidrado no disco de estréia "A New Stereophonic Sound Spetacular", e nunca dei muita bola para saber de novidades desses belgas. No segundo disco, a vocalista Liesje Sadonius saiu por motivos estranhos, e deu lugar a Geike Arnaert, uma deusa loira de um carisma de fazer Ivete Sangalo procurar analista. "The Magnificent Tree" traz musicas a lá dor de cotovelo. Um trip hop bem pop. É som para inundar o ambiente, a mulher canta demais.
Deve ser usado sem moderação. Enjoa rápido, mas quem disse se pode comer brigadeiro sem limites?  :)


23. The Cranberries - Stars - The Best of 1992-2002 (2002)
Não tem muito o que falar, desconheço pessoas que não gostem do Cranberries. A Dolores O'riordan tem esse magnetismo com as massas. Vi isso de perto no show aqui em Recife, onde ela arrebentou. É música para tocar no carro, na sala, no quarto, sozinho ou fazendo dancinhas sem noção acompanhado. Daqui a mil anos ainda será divertido.


22. The Cranberries - Bury the Hatchet (1999) 
O motivo desse disco está aqui? Claro, nostalgia. É um dos disco da banda que eu acho mais divertido. Trás músicas como "Animal Instinct", "Promises" e "Desesperate Andy".
Ótimo disco para cantarolar desafinadamente em viagens sobre quatro rodas.


21. Band of Horses - Cease to Begin (2007)
Banda desconhecida para mim, que terminei pescando no Last.fm de alguém. Uma bela surpresa. Os caras tem um ritmo e batida marcantes, mas se você por essas palavras espera algo para chacoalhar o quadril, esqueça. É um som muito down, chega a ter uma levada gospel. É um folk desses de ficar respirando lento e suspirando. Não é para todo mundo. As meninas moderninhas irão gostar pelo visual dos caras, barbas de católicos ortodoxos russos e tatoos de surfistas.
Som introspectivo para noites na frente do Microsoft Visio :) 


Continuação: Os 30 melhores discos de 2010...       (for me) 20-11

4 comentários:

Anônimo disse...

Royksopp é bom, pena que a inspiração já não seja a mesma do princípio.

8mm e 3 na massa foram descobertas graças a este texto, e gostei vão muito na onde que ando a curtir agora.

Gosto de Sparklehorse e Band of Horses, estes últimos aqui têm quase estatuto de culto entre os freaks urbanitas.

kimmi

Chantinon disse...

Nem sou freak, oh!
Mas estão ai na lista :)
Também escuto Pucifer, esse sim freak :)
Inclusive... por aconselhamentos, estou tentando escutar "Nick Cave & The Bad Seeds", mas acho que o Nick Cave pra mim só serve nas Soundtracks. Depois de décadas de preconceito, estou dando uma nova chance, mas não tá agradando :)

Até psicodelia tem que ter classe, eis o falecido Sparklehouse.

Anônimo disse...

Dae Chantinon!
Hooverphonic é uma das bandas mais legais que já ouvi, delícia de som.
Parabéns pela listinha.
Eu tentei fazer uma no SS, mas acabei viajando antes do esperado e a idéia foi por água abaixo.
Grande abraço.

Chantinon disse...

Faz que tá em tempo... Sempre tá!