sábado, 23 de abril de 2011

Filmes

Gainsbourg - Uma Vida Heróica
(Gainsbourg - Vie héroïque)
Quem diabos inventou esse subtítulo de "Uma Vida Heróica", sem dúvida estava morrendo de inveja do Serge Gainsbourg. Inveja, claro, das lindas mulheres que ele amou (No mais puro sentido sexual), e ainda mais pelo sujeito ser feio pra danar, ter um repertório de músicas e outras artes de cunho pra lá de duvidoso. Muito provavelmente a unica música que você (e eu) conhece do sujeito é Je t'aime... moi non plus... aquela famosa trilha sonora de motel.
A seleção de atrizes é impecável. Inclusive, procurando o nome da deslumbrante interprete da Jane Birkin, descubro que chama-se Lucy Gordon, e deu fim a própria vida... E isso me deixa de cabelo em pé... Parece que virou moda isso de suicídio entre os bonitos e bem sucedidos. Ainda bem que eu pareço com o Gainsbourg.

Nota: 7,5
Motivos para ver: Deixa eu pensar... Mulheres lindas!
O que tem de ruim: O início é legal, mas o roteiro se perde depois de 1/3 do filme.


O Escritor Fantasma
(The Ghost Writer)


Nos últimos anos eu não tenho me empolgado com diretores famosos. Ir para o cinema e se deparar com filmes ruins e que ainda por cima ficam no "frison" de uma panelinha de babacas "entendidos" que vivem de arrumar palavras e embromações para justificar o tempo que você perde no cinema vendo algo grotesco (sim, no cinema também é moda ganhar dinheiro chocando), chato.
O filme do Roman Polanski que mais me marcou foi Lua de Fel, e o clássico Dança dos Vampiros de 1967. Em O Escritor Fantasma ele acerta em todos os sentidos. O filme tem uma certa angustia dos tempos modernos. A pressa, o dinheiro e a frieza. Interpretações bacanas e uma fotografia sublime, coisa difícil de se conseguir em climas chuvosos (viva as cameras digitais modernas).

Nota: 9,0
Motivos para ver: O roteiro é fantástico.
O que tem de ruim: Não encontrei nada que desmereça a ida na locadora


Lars e o Verdadeiro Amor
(Lars and the Real Girl)
A história de um pacato sujeito, que envolto em sua solidão e abstração do mundo social, tem como vizinhos seu irmão e cunhada, que tentam a todo custo entrosar o rapaz com o mundo real. Só que um belo dia Lars conta a surpresa: Tem uma namorada e ela irá chegar para ficar morando com ele. Porém, surpresa mesmo é quando entregam uma caixa de madeira e de lá sai a tal namorada, uma boneca. Com esse roteiro, qualquer um deixaria esse filme como ultima opção na locadora (ou no torrent). Porém, é um dos filmes mais tocantes que vi nos últimos tempos. Tem uma sensibilidade e simplicidade que faz você se perguntar se ainda existem pessoas tão boas no mundo.

Nota: 10
Motivos para ver: Depois que o filme termina, vem aquela vontade de fazer o bem.
O que tem de ruim: Nada


Vida que Segue
(Moonlight Mile)
Uma historia intrincada. Um filme lento, meio sádico se você não gostar de esperar pelo desembaraço. Maravilhoso para quem gosta de aprender, ver e adorar as nuances de como tudo é complexo para nós, seres humanos. Um filme com Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Jake Gyllenhaal e Holly Hunter não precisa de apresentações. Doce e inteligente.


Nota: 10
Motivos para ver: Vontade de desvendar a trama.
O que tem de ruim: Nada



Não me Abandone Jamais
(Never Let Me Go)
Em toda a minha vida, sempre achei uma grande besteira essa discussão de  livros que não ficaram bem como filmes ou vice-versa. Esse filme não merece ser um filme. Não li o livro, mas em 20 minutos de play já da para notar que essa novela não cabe no cinema. Mesmo assim, é o roteiro mais denso e sofrido que já vi em filmes pop. O filme não deve ter recebido um grande orçamento, e a Keira Knightley entrou como figurinha de segundo plano. Imaginei esse roteiro nas mãos do Win Wenders e o quão (mais ainda) sofrido seria ver seus 103 minutos (Com o Wenders ele prolongaria isso para 3 horas).
A história é narrada de uma forma tão fria, que só poucos irão entender que é tudo proposital, com o intuido de realmente mostrar um mundo completamente diferente do que vivemos. Não existe certo ou errado, o triângulo amoroso do filme é composto de pessoas que simplesmente nasceram e foram criadas para uma função. Um boi não tem a consciência que irá virar carne, os alemãs seguiram Hitler e os fanáticos de Manson mataram inocentes por pura diversão. É um filme para marcar. Tão agonizante quanto belo.
PS: Belo no sentido de despertar uma consciência.


Nota: 9,0 (10 pela inovação e provocação bem administrada)
Motivos para ver: Filme único e roteiro inovador.
O que tem de ruim: Acredito que a idéia do diretor era tornar o ambiente frio e calculista, exagerou na dose.

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