segunda-feira, 25 de junho de 2007

A morte e ressurreição de Tudi

Há um tempo contei de nossa felicidade com a chegada de Gertrudes (O Papa, o dia das mães e Tudi) a gatinha ma non troppo que veio com a missão de livrar a casa de pequenos roedores, mas terminou virando mais um integrante de nossa família.

Em 25 de maio Tudi faleceu, não de morte morrida, mas de morte matada (Street Spirit).
Flexa a Husky Siberiano com temperamento de cão inglês de caça não deu chances a nossa querida bichana vira-latas.

Tudi passou pelas grades que a protegiam, e em segundos Flexa já tinha mais uma frágil vitima em suas mandíbulas.

Nesse dia fiquei tão triste que escrevi “Tudi e a escada”, que não publiquei aqui no Blog para evitar que Liz chorasse mais ainda (Se é que isso era possível).

Só que para minha surpresa e mais ainda para Liz que chorou por duas semanas, Tudi não havia partido dessa para melhor. No trágico dia meu irmão, Geraldo, que foi acusado (injustamente) por mim de não reagir e salvar a gata, cuidou daquele pequeno corpinho desfalecido e ensangüentado.

Dois dias se passaram e ele me mantinha informado. Sim, a gata estava viva, mas na minha cabeça era como imaginar um ser humano que fora atropelado por uma Scania de 18 rodas e ficara entre seus pneus após arrastado por 100 metros.

Eu sou adepto da vida livre e feliz, quase um hippie, na minha mente não dá para imaginar um animal que escala, pula e salta vivendo sem movimentos e comendo por uma seringa, a morte é algo melhor que isso.

Após 8 dias fiquei sabendo que Tudi voltou a defecar, coisa que ela não fazia desde sua violenta surra. Até ai me recusava a ver a gatinha. Já fui um cara frio, mas hoje assumo que virei um prato de papa. Quando finalmente fiz a visita a enferma, percebi que um milagre havia acontecido, aquela doida que mia estava andando... Eu vi e não acreditei.

Tudi mancava como um velho jornalista cansado de aventuras de um longo período de vida, mas ela já voltara a ter sua fome assustadora e liberar aquele cocô dos infernos. Era ela de volta das cinzas, a Fênix bola de pelo.

Vendo essa gata sem praticamente nenhuma seqüela, fiz uma matemática de quantas vidas ela havia perdido no meio da saliva de Flexa... Bem, imagino hoje que no céu dos gatos existem bancos e financeiras, e Tudi vai ter que reencarnar tantas vezes para pagar suas dividas que deve ficar famosa entre os administradores divinos como a bichana que deu o maior golpe no sistema gato celestial (ERP até do paraíso dos gatos tem brecha).

Faltava agora comunicar a patroa que sua querida e falecida gatinha era Highlander, e como o famoso filho de Deus, voltou a terra dos vivos.

3 comentários:

Let's disse...

gente!
tu te precipitou então?
a minha cadelinha teve que ser sacrificada em fevereiro deste ano.... tava com 15 anos já... tadinha...
mas que bom que tudi ressucitou!
hehehehehehehe...
bjus!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

não tive como não me identificar com o texto, recentemente meu melhor amigo sofreu um acidente e também sobreviveu.
muitas vezes as graças são tão grandes que língua nenhuma é capaz de as articular.