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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Like Starlight Into Day (Como a Luz da Estrela no Dia)

E foi num sábado a tarde, em uma praia gélida, que eu lembrei de sonhos passados.
E eu estava ali, sem você, sem o sonho. Só o frio.
Olhar para o horizonte trás uma certa esperança, um certo conforto...
Nada é atingível nesse mundo.
Estou na praia que sonhava, mas essa areia era apenas coadjuvante dos sonhos quentes e estrelados.
Mas o horizonte está ali, ainda existe a esperança de alcança-lo.
Mas é só o horizonte.

Lagoinha - Florianópolis - SC



Like Starlight Into Day


You say your time is over
You seek but never find
And the cold wind on your shoulder
A storm inside your mind

You say you're tired of waiting
You're weak and so ashamed
And your faith is finally fading
Like starlight into day...
So you throw yourself away

No more time for waiting
So you throw yourself away
You threw yourself away
You threw yourself away

...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Angels Walk Among Us

Requentando um post antigo Escuto isso:

Dance with You - Anouk and Live



Em seguida isso:

Leave no Trace - Anathema (versão Hindsight)



E uma das faixas do novo disco do Anathema, que eles prometem ser algo
mais animado e "pra cima"... Hahahaha!

Angels Walk Among Us - Anathema



Como já tinha escutado antes de todas essas, Comfortably Numb e Temporary Peace (A letra mais linda de todos os tempos), fecho a seção "me enterrem vivo" com essa:


Are You There (versão Hindsight)


Por favor, não me liguem...
Não mandem e-mail...
Não sou suicida porra!
E muito menos depressivo...
O problema é que esse negócio de pagar pelos erros de outras encarnações tá foda...
Será que eu fui a porra do centurião que furou o bucho do home?
Só pode!
Se eu começar a acreditar que estou pagando por cagadas executadas em outras vidas, já tá na hora de me tornarem Dalai Lama, porque eu acho que fui Adão. E olha que eu nem lembro se comi a eva. (Quem endendeu essa ultima parte ai ganha uma caixa de fosforo marca Olho com 3 palitos usados)

Pronto... Começou a tocar Angelica

Eita tempo dificil seu minino! Tempo dificil!

(Coloquei para tocar a rádio do blog, e já começou com Kasabian e Rush... A coisa já tá melhorando... Pelo menos no som baixo astral).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Frases


















"Por que cometer erros antigos se há tantos erros novos a escolher?"
Bertrand Russel

















Aquele que pode, faz. Aquele que não pode, ensina.
George Bernard Shaw


















"Aprende a viver e saberás morrer bem"
Confúcio
























É mais fácil morrer por uma mulher do que viver com ela.
George (Lord) Byron
















Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo errado, mas fará pouquíssimas coisas.
George Halifax

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Eu vi a fome!
















Recife é uma das cidades mais violentas do país, isso não é novidade. O Nordeste como um todo é um grande espelho das injustiças sociais e da impossível quebra do paradigma entre muito ricos e muito pobres. Os muito ricos não abrem mão, e os muito pobres não possuem educação para lutar ou mudar isso. É algo tão simples de entender como a necessidade do ser humano em respirar, comer e amar (No sentido de fazer amor mesmo).

Estou eu dirigindo-me para casa, cortando a Avenida Agamenon Magalhães, passando pelo Hospital da Restauração, um exemplo da saúde pública nacional - exemplo que não deve ser seguido por ninguém – mais adiante o Hospital Santa Joana, na verdade um grande complexo de saúde, com heliporto, maquinário tecnológico idêntico ao encontrados nos melhores hospitais do mundo (Recife é o terceiro maior pólo médico do Brasil, e segundo em Neurologia e Cardiologia). Agora paro no sinal entre a Rua Joaquim Nabuco e a Rua Guilherme Pinto.

Parei.

Parei.

Sim, instante de dormência. Fiquei congelado. Acredito que nesse instante até meu coração parou de bater. Eu não ouvia mais o som dos veículos que transbordam pelas avenidas nesse horário que alguns chamam de Hora do Rush. Meu Deus!... O que é isso?

A minha frente o Derby Center, uma galeria decadente, movimentada na minha infância dos anos 80. Na outra esquina a Graças Delicatessen, que fica na mesma rua do Restaurante Macunaíma (Que nome sugestivo). Esse cruzamento é chamado de Quatro Cantos, já que é um ponto de união entre quatro bairros muito valorizados.

Se eu descesse do meu carro nesse instante, (excluindo a Graças Delicatessen) teria no mínimo de 10 a 15 opções de lanchonetes ou restaurantes em um raio inferior a 150 metros.

Sim, o sinal estava vermelho.

Só a alguns metros a minha frente, vejo uma criatura, um ser, um humano. Meu coração parou. Todos aqueles carros e prédios sumiram. Todo aquele cheiro inebriante de pão quente que vinha daquela fornalha logo ali na esquina... Uma padaria para ricos, que sabem apreciar o sabor e o prazer de comer bem... Tudo sumiu. Até a noite fugiu.
Me vi em um deserto escaldante.
Na seca. Na rocha quente, cercado de urubus. Sim, eu estava na África selvagem.

Vi se levantar daquela calçada uma mulher, uma criatura, um ser, um humano, não pesava mais que 40 kilos. Não, ela não tinha piercings ou tatuagens e magreza das muitas meninas modelos que moram naquelas redondezas (Não da África e sim dos Quatro Cantos).
Seus ossos da face deixavam a pele esticada, formando vincos e estrias. 40 kilos.
Sim, 40 kilos. Pele e ossos que tinham que se dividir para agarrar duas vidas, já que aquela mulher carregava uma barriga de 9 meses.

Convivo com a miséria desde que nasci, mas nunca tinha visto fome de verdade.
Aquela mulher não era um daqueles que vivem de semáforo em semáforo. Que cobram pedágio pelo seu “ponto comercial”. Aquela mulher, era a verdade, era tudo que eu só tinha visto em fotos.

Antes de o semáforo tornar-se verde, ela me olhou, esticou a mão, e não perdeu tempo. Não quis esperar minha resposta. Correu desesperada para a picape que estava ao lado, era tão alto aquele carro de R$ 200 mil, que o ocupante provavelmente nem a viu.
Ninguém a viu, só eu.

E ali, no “meu” carro parcelado em vários anos. Só com o combustível da volta. Nem uma moeda, nem um pedaço de pão.
Poderia ter parado, estacionado. Me dirigido aquela padaria de ricos, gritado PELO AMOR DE DEUS um pedaço de pão... Os ricos iriam rir de mim, claro. “Esse homem de olhos verdes e pele de gringo, só pode estar brincando ou é louco” – pensariam e falariam os ricos.

Mas o sinal abriu, e eu parti. Fugi da África!
E pela primeira vez eu vi a fome.

Já vi várias vezes pessoas comendo lixo, mas eles eram gordinhos.
Já vi em jornais, crianças aqui do meu Pernambuco, exibindo ratos gigantes, que logo após a foto iriam para a panela.

Mas aquela mulher com sua barriga, com seus ossos da face, me mostrou a fome.
A fome física, a fome espiritual, a fome do amor.

Tantos carros, tanta gente, tanta correria... Tantos restaurantes, tantos prédios, tantos ricos, e muito... Mas muito mais pobres... Pobres de mentalidade, pobres espirituais e pobres de amor.

Vivemos em um país que tem 35 Ministérios (Nos anos 80 eram 12, antes do PT eram...?);
Nossa ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, gastou mais de R$170.000,00 com despesas... Que despesas? Você sabe o que ela comprou? Você acredita que o Brasil é um país racista?;
O também ministro (É secretário, mas o status é de ministro) da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca (SEAP), Altemir Gregolin, está na roda dos que gastaram “demais” com o cartão corporativo;
Você consegue arrumar algum motivo para 12 deputados brasileiros irem dar um passeio da Antártida?;
Você consegue pensar em algum argumento, motivo, ou justificativa lógica para Recife ganhar uma praça de R$ 18 milhões, e que leva o nome da mãe do Lula?;
Não temos dinheiro para educação, mas teremos uma Copa de Futebol em 2014;
Escolas de Samba são patrocinadas por bicheiros e traficantes, como o futebol;
Não existe um só brasileiro preso por matar dirigindo bêbado...

Se você acha que estou errado. Estou exagerando e que o mundo é de algodão doce,
é porque você ainda não esteve na África dos Quatro Cantos... E como seu conforto é um anestésico para sua consciência, se prepare... Na África do outro lado do oceano, os poderosos muitas vezes são decepados e por aqui, na nossa África, as folhas de mandioca que alimentam os negros magros foram trocadas por crack e maconha... Você pode dar de cara com essa pobre mulher a beira da morte com seu feto, ou poderá ser um guerreiro drogado da mesma tribo, só que no lugar do facão, você verá o brilho de um revolver.

Acordem...

Antes que seja tarde demais...
Agora tenho mais uma culpa para carregar: Por que eu não fiz nada?

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O mundo dos carrapatos






















Não comprem cachorrinhos lindos!
Não procriem seus cachorrinhos lindos!
As pessoas compram animais e esquecem que eles não usam banheiro, não tomam banho sozinhos, e não avisam que estão doentes.
A moda de criar bichinhos é uma puta sacanagem!
Cães especificamente, é um problema de saúde pública.
Eu tenho 2 cadelas, MUITO peludas, e luto contra carrapatos desde que elas eram filhotes, se vão ai 5 anos. Os remédios deixam de funcionar com o tempo.
Já usei remédio para boi numa dosagem para animal de 200kg nas coitadas das minhas cachorras.

Só tem uma solução, matar os vizinhos!
Isso mesmo.
Esses filhos da puta tem 3 a 5 cães, todos maltratados!
Minhas cachorras irão morrer virgens. Não irei corroborar espalhando animais para serem tratados como um vaso de planta!

Carrapato é um problema de saúde pública.
Não existem leis no Brasil para saúde veterinária de residências. Na verdade, um país governado por carrapatos, quem imaginaria que eles iriam querer um mundo diferente.

Alguém ai tem o telefone do Jack Bauer? Tenho um servicinho para ele.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Complicado, mas não impossível

Já parou para pensar (Puta que pariu… o cara para pensar tem que parar?) que tudo tem IN e OUT?
Não no sentido de coluna de fofoca de jornal. Tudo tem começo e fim, entrada e saída.
Desde relacionamentos até períodos de sorte ou azar. Coisas ruins ou boas, sempre chegam na saída!

É o que procuro...




















Até o vazio é reto nesse novo mundo...





















Um dia você tá assim...


















Ai te pegam...


















No outro dia...
























Por enquanto (pelo menos) tenho a música...


















Dá até para sonhar com filmes...




















Mesmo com as humilhações...




















Se não aparecer à luz, então...


















Mas tudo tem IN e OUT...

























Termino de escrever essas babozeiras ao som de "More humam than humam" do White Zombie... Dá pra notar que o humor não tá uma maravilha. Os vizinhos são amigos nessa hora e ficam de mau humor também... Acho que é em solidariedade... Ou será pelo som "meio" alto?

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

The World´s Freak (O mundo é doido)








Finalmente achei um maluco que merece respeito (ou pelo menos respeitam ele momentaneamente) e divide comigo a ótica de sempre olhar qualquer acontecimento por no mínimo dois prismas (e olha que um só prisma já dá uma porrada de cores e luzes diferentes). Trata-se do economista Steven D. Levitt, autor do livro Freakonomics. Em seu famoso livro ele expõe comparativos que para a maioria é total loucura, mas como seu trabalho é baseado em dados reais ele consegue responder perguntas como essas:

- Qual a semelhança entre a Ku Klux Klan e um grupo de corretores de imóveis?

- Se o trafico de drogas dá tanto dinheiro, porque os traficantes continuam morando com as mães?

O livro é na verdade um estudo econômico com tendência a psicologia de grupos, chegando próximo da filosofia humana. Levitt não se veste de puritano ou humanista, ele mostra números, e ainda cita uma grande verdade... “toda a verdade que a sociedade aceita é aquela que lhe gera lucro e conforto”. O ser mais racional do planeta não sobrevive bem sem uma bela mentira para manter tudo na mais singela paz do convívio social.

Dos casos mostrados no livro, o que mais me interessou foi exatamente o que trata de uma gangue de tráfico de crack. Um outro cientista maluco, mas esse do ramo da sociologia mesmo - Sudhir Venkatesh, passou 6 anos no convívio direto com uma gangue. Até dormia e comia com os malfeitores.

É um péssimo momento para defender bandido. Na ultima semana a noticia que não sai do ar é a morte horrível do menino João Hélio Fernandes, que foi arrastado por 7 kilometros preso a um sinto de segurança.

Não vou negar que por mim os responsáveis pelo crime deveriam ser queimados vivos. Mas se eu jogasse gasolina neles e riscasse o fósforo, o que me tornaria diferente deles?

Sobre o estudo apresentado no livro Freakonomics com relação ao tráfico de drogas, um ex-integrante da gangue apresentou um livro com toda a contabilidade e pagamentos dos 4 anos que ele administrou as finanças. Durante a pesquisa o que mais deixou o sociólogo perplexo foi o tratamento que os bandidos davam as famílias dos comparsas mortos ou presos. Existia um “seguro” que cobria as despesas da família do bandido que morria. Outro fato comparativo apresentado era que o sistema de funcionamento hierárquico da gangue com o do MacDonalds, eram exatamente iguais. E como toda empresa capitalista, existia uma escalada profissional a ser seguida, e todos os participantes lutavam para conquistar um posto mais elevado, mesmo que os mais rebaixados cargos sofressem pressão de cima para baixo para continuarem no seu baixo posto... Tudo muito semelhante a qualquer loja do Walmart.

Para quem nunca conheceu a pobreza de perto, é muito fácil achar que uma bala na cabeça do menor infrator irá resolver o problema. Não estou falando só da questão de sobrevivência. Coisas como comida, água e higiene deveriam ser itens obrigatórios para qualquer habitante do planeta, mas vivemos em uma sociedade capitalista (pessoalmente acho a melhor forma gestão) que mostra na TV que a beleza é algo obrigatório. Carros, mansões e iates são troféus para um vencedor. Ai eu lhe pergunto, quem não quer ser vencedor?
O grande problema é que se você nasce em uma favela, é feio, não tem acesso a educação, seja domestica ou escolar, vive cercado pelo preconceito, e banido do convívio com aqueles que tem o poder, que na melhor situação poderiam ser seu capitão-do-mato e deixá-lo limpar suas botas ou lhe dar a mão para subir os degraus da vida, como você agiria se vivesse uma realidade assim?
Como seria acordar e ver que é negro, pobre, seu pai morreu pelo vicio do álcool, sua mãe mendiga em algum lugar e seus 4 irmãos vivem trancados no barraco passando fome ou subalimentados por alguma ração... O que você faria para ter o respeito que merece?

Toda e qualquer regra mostra que a melhor forma de obter um resultado é procurar o caminho mais fácil.

É mais fácil arrumar um emprego sem ter nenhuma base escolar e familiar ou virar olheiro do trafico?

Depois de apanhar da policia na rua só por estar maltrapilho é mais fácil perdoar ou se encher de irá?

E ai vem a pior pergunta:

Será que para uma comunidade miserável é fácil ver a comoção nacional pela morte horrível de uma criança branca de classe média, e saber que as crianças do moro quando levam um tiro de bala perdida nem sequer tem um hospital para serem atendidas?

Quantas crianças aos 6 anos já estão no círculo do tráfico? Quantas deles chegarão a maior idade?

Segundo Freakonomics a profissão mais perigosa dos EUA é a de cortador de madeira, essa profissão lhe dá 1 chance em 200 de morrer em um acidente. Se você está no corredor da morte esperando sua vez de sentar na cadeira elétrica, suas chances de morrer são de 1 em 100. Mas se você é soldado do tráfico, suas chances de morrer são de 1 em 4.
E o que diabos faz alguém correr tanto risco? Na verdade, viver na certeza que irá levar uma bala na cabeça?
A resposta: falta de oportunidades.

Além disso junte-se a repressão social. Onde posso citar o exemplo dos manifestos violentos ocorridos na França em 2005. Os baderneiros que atearam fogo em carros e depredaram lojas não eram mais miseráveis que africanos ou qualquer indigente do mundo, eles buscavam o mesmo que qualquer um, respeito e chances na vida.

Laranja mecânica ainda é muito atual...